NOME: Korol Aleksandr Nikolayevich
Data de nascimento: 14 de fevereiro de 1991
Situação atual do processo penal: Encargos retirados
Artigos do Código Penal da Federação Russa: 282.2 (1)
Detidos: 2 Dias no centro de detenção temporária

Biografia

Em julho de 2020, as forças de segurança realizaram uma grande operação contra as Testemunhas de Jeová na região de Voronezh. Houve buscas em mais de 80 endereços, dezenas de civis foram detidos e levados para interrogatórios. Um deles foi Aleksandr Korol, que foi espancado e torturado. 10 meses após sua prisão, o caso contra ele foi arquivado.

Aleksandr nasceu em uma família religiosa em 1991 na aldeia de Krasnoselsky, Território de Krasnodar. Seu pai, Nikolay, trabalha como fundeiro; junto com sua esposa Olga e filha Yelena, ele cultiva vegetais na estufa.

Quando criança, Aleksandr adorava estudar mecanismos, fazer madeira, pescar e andar de bicicleta. Depois da escola, ele se experimentou em diferentes profissões: estofador de móveis, biselador e montador de móveis de armário. Antes do processo criminal, trabalhou como zelador em um jardim de infância, nas horas vagas se dedica ao conserto de equipamentos digitais.

Os avós paternos de Aleksander foram exilados na Sibéria. Ali eles se familiarizaram com a Bíblia e começaram a incutir princípios cristãos em seus filhos e, mais tarde, em seus netos. Sua avó seguiu o caminho cristão em 1975. Aleksandr tornou-se Testemunha de Jeová em 2006.

Em 2010, Aleksandr casou-se com Polina, que desde a infância se interessou por questões espirituais. Juntos, os cônjuges adoram passar tempo com os amigos, relaxar na natureza, andar de bicicleta, colecionar quebra-cabeças, cozinhar, jogar jogos de tabuleiro. Polina trabalha em um centro de criatividade infantil e gosta de fotografia. Aleksandr aprende a tocar piano, adora cantar.

Após a busca, os cônjuges tiveram que se mudar, pois era emocionalmente difícil permanecer no mesmo local de residência.

Histórico do caso

Em um único dia, 13 de julho de 2020, 110 buscas foram realizadas em sete localidades da região de Voronezh — uma operação recorde contra as Testemunhas de Jeová na Rússia. Cinco crentes relataram ter sido torturados por agentes da lei. O Comitê Investigativo acusou dez homens (com idades entre 24 e 56 anos na época) de organizar atividades extremistas e os enviou para a prisão preventiva, onde a maioria permaneceu por quase cinco meses. Os eventos em Voronej provocaram ampla indignação pública: países da UE, assim como Reino Unido e Estados Unidos, expressaram arrependimento e perplexidade pelo que havia acontecido. Os próprios crentes negam qualquer culpa no extremismo e enfatizam que, como cristãos, respeitam as autoridades e praticam sua fé pacificamente de acordo com os direitos constitucionais. O julgamento começou em dezembro de 2021. Quase quatro anos depois, os crentes foram condenados a várias punições — que variavam de seis anos de sentença suspensa a sete anos na colônia.
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