Biografia
Em 24 de outubro de 2019, em Novozybkov, policiais jogaram dois fiéis em um centro de detenção preventiva apenas por causa de sua religião. A esposa de Eduard Zhinzhikov, de 48 anos, perdeu o feto devido ao estresse. O que sabemos sobre Eduard e sua família?
Eduard nasceu em 1971 na aldeia de Zadnya, distrito de Kletnyansky, região de Bryansk, mas viveu a maior parte de sua vida em Novozybkov. Ele tem uma irmã mais nova.
Quando criança, Eduard escrevia poesia e gostava de tocar violão. Ele adora pescar e se interessa por sinuca. É soldador de profissão, também trabalhou na polícia e como vigia.
Graças à música, conheceu sua futura esposa Tatiana (tocaram no mesmo grupo instrumental). Eduard e Tatiana se casaram em 1993. Tatiana é alfaiate de profissão. O casal tem uma filha adulta, a família adora passar um tempo no país.
Nos anos 90, Eduard se interessou pela Bíblia, na qual encontrou respostas para suas perguntas. O conhecimento recém-descoberto deste livro levou-o a livrar-se dos maus hábitos, a dedicar mais tempo à sua família. Isso teve um efeito positivo na vida de toda a família, Tatiana também se interessou pelas Sagradas Escrituras.
Na madrugada de 24 de outubro de 2019, forças de segurança com metralhadoras e capacetes invadiram a casa dos Zhinzhikov. Depois de derrubar Eduard no chão de bruços, eles leram um mandado de busca e apreensão, filmando tudo. As forças de segurança exigiram que lhes fossem fornecidos os diários das Testemunhas de Jeová. Durante as buscas, Eduard foi mantido contra a parede por três horas sob a supervisão de um metralhador.
Policiais do departamento contábil foram convidados como testemunhas. Sem encontrar literatura, as forças de segurança apreenderam aparelhos eletrônicos, uma câmera, pen drives e todos os cartões bancários. As forças de segurança quebraram o guarda-roupa onde estava a cueca.
Após as buscas, Eduard foi preso, por isso, passou quase um ano atrás das grades. O estresse vivido levou a uma tragédia na família: Tatiana teve um aborto espontâneo. Parentes e amigos apoiam os cônjuges e não entendem como era possível condenar uma pessoa apenas por sua fé em Deus.